CIDADANIA NO BRASIL
O artigo a ser resenhado é de autoria do economista Paulo Galvão Junior a aborda os 83 anos da crise que abalou o mundo, qual seja a do crash da bolsa de valores, ocorrida nos Estados Unidos, em 1929, com reflexos sobre a economia mundial. Dessa crise, emergiu o pressuposto teório do economista John Kenneth Galbraith por meio da teoria da demanda efetiva em que defendia o papel do Estado como tutor das relações econômicas, intervindo diretamente no sistema financeiro e das relações de produção, dentre outras medidas, como inexorável para o restabelecimento do establishment. A teoria criada pelo economista inglês John Maynard Keynes surtiria efeitos imediatos. O articulista traça um paralelo dessas crises e suas relações e impactos sobre o Brasil. Passamos a discorre-lo pois o artigo faz um paralelo entre as crises de 1929 e 2008.
Na primeira metade do século XX, os EUA viviam um momento de prosperidade econômica, porém, na segunda metade, as dificuldades sobrevieram e surgiu a pior crise do capitalismo na idade contemporânea. Dentre os fatores que corroboraram a crise, temos : a superprodução cujo poder de compra era incipiente em relação a oferta e procura; o subconsumo, em decorrência da apatia vivida na Europa pós-guerra, que no passado eram potenciais compradores dos produtos americanos e a especulação, com supervalorização das ações de empresas que na realidade, tinham seu potencial de crescimento muito aquém do valor-face.
Naquele período depressivo, a indústria precisou demitir milhares de empregados, pois a produção era maior do que a demanda enquanto na agricultura, havia mais estoques do que consumo.
O que se acentuou para provocar a quebra da bolsa foi o fato de que havia muito capital especulativo empregado nas ações. Toda a movimentação financeira era descarregada na bolsa de valores e isso criava a ilusão da riqueza. Ocorre que a realidade das fábricas pelos motivos já expostos não