Cidadania na Grécia Antiga
LEÃO, Delfim Ferreira. FERREIRA, José Ribeiro. FIALHO, Maria do Céu. Colecção Autores Gregos e Latinos. 2a Ed., Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos, 2010. 208 p.
Escrito por três professores catedráticos de Letras da Universidade de Coimbra, esse livro fala sobre os vários aspectos da cidadania na Grécia Antiga, desde a origem das Acrópoles até a queda, além de expor o fato de que os gregos tiveram influência sobre a Revolução Francesa.
Esparta e Atenas possuíam, na época clássica, tipos de educação muito diferentes entre si. Porém, no princípio, isso não acontecia. Inicialmente, a educação nas póleis era voltada para transformá-los em soldados, e tudo era voltado para isso. Porém, ao mesmo tempo em que os nobres trabalhavam para a defesa das póleis, eram apreciadores das artes da época e praticavam exercícios físicos. “Do século VIII aos inícios do VI a. C. Esparta era um grande centro de cultura.” (LEÃO, 2010, p. 12). Entretanto, no século VII, as póleis gregas passam por graves crises sociais, que serão resolvidas de modos diferentes em cada pólis, o que as levará a ser do modo como são conhecidas atualmente.
Na literatura grega clássica, sempre houve retratos de sábios agindo como mentores. Por exemplo, o quadro de anciãos que rodeavam Príamo, e eram excelentes oradores. Porém, o destaque vai para uma lenda que fala sobre Sete Sábios. É possível ver os primeiros sinais da lenda em uma obra de Heródoto, na qual Sólon, um famoso legislador e sábio, aconselha Creso, o mais poderoso rei do mundo então conhecido. Mas é Platão que estabelece a primeira relação completa dos Sete Sábios em sua obra, Protágoras. Muitas outras obras sobre os sete sábios foram escritas na época.
Os homens mais influentes da Revolução Francesa acreditavam que o país precisava de uma reforma total. E viam na Antiguidade Clássica o modelo ideal para isso. Julgavam necessária a presença de um ditador durante uma revolução, para que o Estado