Ciclo do ouro
Estava tudo ás mil maravilhas na economia europeia, com os grandes lucros que a cana de açúcar proporcionava a está nação. Por volta do século XVII, os holandeses descobriram uma nova fonte que tomou o lugar do patamar europeu na atividade canavieira. A partir disso, os portugueses começaram uma busca desenfreada a procura de novas fontes de renda para que sua economia decadente não estagnasse. Ocorreu então uma das maiores descobertas que trariam mais alguns anos de glória para Portugal: O ouro.
“Mais do que um recurso natural. Mais do que um artigo de exportação. O que se descobriu em Minas, depois de dois séculos de colonização, foi uma fortuna em estado puro. Ao contrário do que ocorria com a cana-de-açúcar no Nordeste, o metal extraído dos leitos dos rios mineiros não dependia da demanda internacional e suas oscilações de cotação; já vinha em forma de dinheiro, pronto para ser posto em circulação ali mesmo. O ouro em pó transformou-se imediatamente na principal moeda das Minas Gerais naquele final do século XVII. E era tão abundante que, embora quase sempre tivesse Portugal como destino, causou enorme impacto econômico e social também deste lado do Atlântico.” ((REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL, nov/2008.)
Por que o ouro, que é obtido por pela natureza, algo tão simplório, pode ser tão valioso? Primeiro por sua raridade, depois por suas propriedades bastante peculiares e específicas, comparadas a outros metais ou elementos nativos. Sua ocorrência é comum em filões hidrotermais, e em seu estado puro contém dureza entre 2,5 a 3, e densidade 19,3, mas com presença de outros metais, como a prata, diminui sua densidade até 15. O beneficiamento do ouro, naquela época, ocorria basicamente de forma manual, onde os escravos o colhiam e peneiravam na beira dos