Ciclo de ações e interações
Ciclo de Ações na Interação
Aprendiz-Computador
A idéia do ciclo surgiu em 1991 e foi descrito pela primeira vez no artigo “Por que o computador na Educação?” (Valente, 1993b), capítulo do livro Computadores e
Conhecimento: repensando a educação, publicado em 1993 (Valente, 1993a). O ciclo explicita as ações de descrição, execução, reflexão e depuração, de forma que tem sido identificado como ciclo descrição-execução-reflexão-depuração. Ele foi bastante útil para entender as características que os softwares oferecem para auxiliar o processo de construção do conhecimento e o artigo “Análise dos diferentes tipos de software usados na educação” (Valente, 1999b), publicado como capítulo do livro O Computador na
Sociedade do Conhecimento, em 1999, que se encontra no Anexo 2, descreve a análise de alguns softwares, de acordo com as ações do ciclo.
Embora o ciclo tenha sido bastante útil para entender como a construção de conhecimento pode acontecer no caso da programação, a sua maior contribuição foi servir de base para a análise dos softwares usados na educação. A idéia do ciclo permitiu identificar características que os softwares oferecem e como elas podem ou não auxiliar no desenvolvimento de atividades que contribuam para a construção de conhecimento.
Por outro lado, a explicação de como o ciclo auxilia essa construção ainda apresenta lacunas. No caso da reflexão, são explicitados os diferentes níveis de abstração que podem acontecer, porém muito pouco é mencionado sobre como cada uma dessas abstrações influenciam na construção de conhecimento. Certamente, o ciclo constitui um grande avanço, mas ainda é parcial a maneira como ele ajuda a entender o processo de construção que acontece na interação aprendiz-computador.
Nesse capítulo, são apresentados os tópicos sobre o surgimento do primeiro ciclo, a explicitação das ações do ciclo, o construcionismo contextualizado, a utilidade do ciclo, e como o ciclo