Ciclo combinado
Na guerra contra a escassez de energia, a matriz energética conta com um forte aliado: o ciclo combinado integrado à gaseificação da biomassa O ciclo já é bem conhecido: a energia elétrica é produzida por um gerador, que possui um eixo acionado por uma turbina. Esta é movida por um jato de vapor sob forte pressão. O vapor utilizado é condensado e retorna para a caldeira, que aquecida através da queima de óleo combustível produz o vapor.
No entanto, esta configuração tradicional na indústrial sucroalcooleira caminha para novas mudanças. Necessárias, aliás. Isto porque a geração de energia ainda preocupa. Enquanto a tarifa nacional de eletricidade no Brasil está entre as mais caras do mundo, segundo estudos da Confederação Nacional da Indústria, estima-se que o consumo anual atingirá 572 EJ no ano de 2015.
Por isto, em tempos onde a escassez de energia elétrica e possíveis soluções têm sido amplamente questionadas e discutidas, o ciclo combinado integrado à gaseificação da biomassa surge como alternativa viável e lucrativa.
Nesta configuração de maximização dos resultados, o ciclo combinado aproveita a energia térmica dos gases de exaustão da turbina a gás para gerar vapor, utilizando-o para geração de energia em uma turbina a vapor, aumentando a eficiência global do ciclo.
Com isto, o sistema de energia elétrica fica desacoplado ao processo produtivo, possibilitando a geração durante todo o ano, dependendo apenas da disponibilidade do combustível. Isto constitui os sistemas mais modernos e eficientes.
Com a aplicação em ciclos combinados, os gases de exaustão da turbina a gás do ciclo superior são usados como fonte de calor do ciclo inferior a vapor, permitindo aumentar a eficiência até a faixa de 55 a 58%, com perspectivas de atingir uma eficiência na ordem de 62%.
Segundo a Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, a potência de geração do setor de açúcar e álcool saltaria de 20 mil GW para 39 mil apenas com a renovação dos