Ciclo cardíaco e eletrofisiologia cardíaca
Instituto de Ciênicas da Saúde – ICS
Departamento de Biorregulação
Docente: Helton Ramos
Aluna Juliana Viana Santos
Trabalho de Ciclo Cardíaco e Eletrofisiologia Cardíaca
Caso clínico
Uma mulher de 62 anos com história de fibrilação arterial procura seu médico com queixas de cansaço, principalmente quando deita -se na cama. Ela precisa de vários travesseiros para dormir. Percebem também que seus pés e seus tornozelos incham. No exame físico ela apresentou pressão arterial baixa (90 x
65 mmHg). Sua freqüência cardíaca é de 120 batidas por minuto. No médico ela recebeu um diagnóstico: insuficiência cardíaca congestiva.
Perguntas:
a) Se, na ausculta cardíaca desse paciente ouve-se a B-3 (terceira bulha), qual o mecanismo de formação das bulhas B1, B2, B3 e B4?
Bulhas são sons audíveis que ocorrem no fechamento das válvulas, e normalmente ao abrir as válvulas, esse som não ocorre.
A primeira bulha é referente ao fechamento das válvulas at rioventriculares no início da sístole e a segunda bulha está associada ao fechamento das válvulas semilunares (aórtica e pulmonar), no final da sístole.
Na geração da primeira bulha cardíaca, a contração dos ventrículos causa, de início, o súbito refluxo do sangue contra as válvulas atrioventriculares (tricúspide e mitral), fazendo com que elas se fechem e inclinem na direção dos átrios, até que as cordas tendíneas interrompam de modo abrupto essa protrusão retrógrada. O retesamento elástico das cordas tendíneas e das valvas faz com que o sangue refluído seja lançado novamente para o interior da cada ventrículo respectivo. Isso faz com que o sangue e as paredes ventriculares, bem como as valvas retesadas, vibrem provocando turbulência vibratória no sangue. As vibrações se propagam pelos tecidos adjacentes até a parede torácica, onde elas podem ser ouvidas como som por meio do estetoscópio.
A segunda bulha resulta do fechamento súbito das valvas semilunares ao