Cicatrizacao de feridas
Existem vários fatores locais e sistêmicos, que afetam adversamente o processo de cicatrização das feridas.
Os fatores locais estão relacionados principalmente ao movimento e a presença de resíduos dentro da ferida, por exemplo: tecido necrosado, corpos estranhos, contaminação bacteriana, e hipóxia tecidual. Esses fatores podem atuar como barreira física para o desenvolvimento ordenado de tecido de granulação e deposição de colágeno. Dentre os fatores locais, a infecção é a causa mais importante do retardo da cicatrização, considerando que a ferida esta colonizada levando em conta que as bactérias existentes na pele podem contaminar a lesão.
O fluxo de sangue deficiente para a ferida aumenta o risco de infecção, retardando a taxa de cura, além disso, reduz a perfusão tecidual, aumentando a hipóxia interferindo no metabolismo e no crescimento celular.
Já os fatores sistêmicos que dificultam a cicatrização, incluem estado nutricional, hipovolemia, hipotensão, hipóxia, hipotermia, trauma e uso inadequado de medicamentos anti- inflamatórios.
Várias deficiências dietéticas têm sido implicadas na cicatrização de feridas, a vitamina C (acido ascórbico) é essencial para a síntese de colágeno e também é necessária para a produção de N-acetil galactosamina, um componente de matriz e tecido de granulação. Deficiência da supracitada vitamina diminui a resistência da ferida à tensão e atrasam a cicatrização da lesão.
O efeito da temperatura na cicatrização está aparentemente relacionado ao seu efeito no tônus vasomotor periférico. Diminuições na temperatura ambiental exercem uma vasoconstrição, que reduz a microcirculação local, através da diminuição da oxigenação e nutrição tecidual.
Alguns medicamentos podem produzir efeitos negativos sobre a pele, tornando-a mais suscetível ao surgimento de lesões e outras patologias cutâneas. Os anti-inflamatórios esteroidais