cicatrizacao de feridas
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O estudo do mecanismo de cicatrização, juntamente com a investigação da resposta metabólica ao trauma e dos processos infecciosos relacionados aos procedimentos cirúrgicos, permitiu a inauguração da atual fase "científica" da cirurgia. Hoje, os avanços da biologia molecular estão permitindo o estudo e o conhecimento de todas as etapas da cicatrização, o que permitirá que, em um futuro próximo, o cirurgião seja capaz de interferir neste processo.
O processo de cicatrização humano tem como objetivo limitar o dano tecidual e permitir o restabelecimento da integridade e função dos tecidos afetados. Não há, no entanto, retorno ao estado prévio, uma vez que a cicatrização se faz pela deposição de tecido conjuntivo específico, não havendo regeneração tecidual (formação de tecido idêntico histologicamente ao lesado), como ocorre em seres filogeneticamente inferiores.
CLASSIFICAÇÃO
De forma geral, todas as feridas podem ser divididas em:
1. agudas, em que o processo de cicatrização ocorre de forma ordenada e em tempo hábil, determinando resultado anatômico e funcional satisfatório;
2. crônicas (como as úlceras venosas e de decúbito), onde este processo não ocorre de forma ordenada, estacionando na fase inflamatória, o que impede sua resolução e a restauração da integridade funcional.
Quanto ao mecanismo de cicatrização, as feridas podem ser classificadas em:
Fechamento primário ou por primeira intenção
Ocorre, classicamente, nas feridas fechadas por aproximação de seus bordos, seja por sutura com fios, clipes ou fita, ou ainda pela utilização de enxertos cutâneos ou fechamento com retalhos. Caracteriza-se por rápida reepitelização e mínima formação de tecido de granulação, apresentando o melhor resultado estético. Este método é empregado geralmente em feridas sem contaminação e localizadas em áreas bem vascularizadas.
Fechamento secundário ou por segunda intenção ou