Cibercultura
Segundo Castells (2003b) um novo salto tecnológico permitiu a difusão da internet na sociedade em geral: a criação de um novo aplicativo, a teia mundial (world wide web – WWW), que organizava o teor dos sítios da internet por informação, e não por localização, oferecendo aos usuários um sistema fácil de pesquisa para procurar as informações desejadas.
É a partir do desenvolvimento da revolução da tecnologia na informação que a formação dos meios de inovação foram descobertas, aplicadas e testadas em processos de tentativa e erro: aprendia-se fazendo.
Com a aceleração da cibercultura, cria-se a mediação entre o espaço público virtual e o espaço público global/local, sem limites geográficos ou de tempo. Ampliamse os processos de (re) configuração e as novas formas de interação, evidenciando a cibersocialidade.
A cibercultura nasce nos anos 50 com a informática e a cibernética e começa a se tornar popular na década de 70 com o surgimento do microcomputador e se estabelece completamente nos anos 80 e 90, principalmente com o boom da internet. A cibercultura caractereza-se por três leis fundadoras: a liberação do pólo de emissão, o princípio de conexão em rede e a reconfiguração de formatos midiáticos e práticas sociais. Esses três pontos vão proporcionar uma mudança social na vivência do espaço e do tempo e os processos de re-mixagem contemporâneos.
Na cibercultura é possível verificar novos meios e critérios de criação e criatividade, em que a idéia principal é a liberdade da informação, ou seja, a liberação do pólo de emissão, “tudo deve estar na rede”, de forma re-configurada, em que nada é substituído, mas aprimorado em busca de inteligências coletivas.
O lema da cibercultura é “a informação quer ser livre”. Segundo Lemos (2004a) o atual sonho da cibercultura é a existência de uma nuvem de conexão pairando sobre nossas cabeças, podendo ser acessada de qualquer lugar. O