Ci Ncia E F
Ciência e fé: por um diálogo fecundo e transformador
Filosofia & Ciências
Enviado por: Visitante
Postado em:25/10/2010
Razão e fé são contraditórias? Conhecendo a história da humanidade pode-se perceber que a relação entre fé e razão é muito antiga [...]
Fonte: Cleiton José Senem Ciência e religião, razão e fé, quando vistas rapidamente parecem ser contraditórias. Mas será isso verdade? Conhecendo a história da humanidade pode-se perceber que a relação entre fé e razão é muito antiga. Alguns pensadores dizem que desde o início da filosofia
(séc. VI a.C.) há uma tensão entre ambas. O período patrístico (séc. I - VII d.C.) é marcado por um diálogo profundo entre razão e fé; onde os padres da Igreja encontraram na filosofia a sustentação racional para construção de uma teologia cristã. Na Idade Média, especialmente no período escolástico, houve uma supremacia da fé sobre a razão. Tomás de Aquino dizia que razão e fé não são contraditórias. A separação entre ciência e fé iniciou-se propriamente dita na Idade Moderna, a partir do século XV. O século XVII marcado pelo empirismo e pelo surgimento da ciência moderna, seguido pelo racionalismo iluminista do século XVIII foi o momento auge deste processo que provocou uma separação entre ciência e fé e impulsiona debates acirrados até a atualidade.
Pode-se dizer que essa separação tem aspectos positivos e negativos ao mesmo tempo. Positivo, por exemplo, porque deu liberdade tanto para a ciência quanto para a fé para se desenvolverem autonomamente. Negativo, porque muitas vezes os pólos foram radicalizados e excluíram-se mutuamente. Neste sentido, é importante frisar que embora ciência e fé sejam formas distintas de conhecimentos, cada uma com sua especificidade, contribui para o desenvolvimento da humanidade. Metaforicamente, fé e razão são como duas asas de um avião. A falta de uma traz prejuízos enormes à outra, impedindo muitas vezes de alçar voos mais longínquos. Razão e fé têm suas distinções.