choque septico neonatal
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Rita de Cássia Silveira1, Clarice
Giacomini2, Renato Soibelmann
Procianoy3
Sepse e choque séptico no período neonatal: atualização e revisão de conceitos
Neonatal sepsis and septic shock: concepts update and review
1. Professor Adjunto do Departamento de Pediatria da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul – UFRGS – Porto
Alegre (RS), Brasil.
2. Professor Assistente do Departamento de Pediatria da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul – UFRGS – Porto
Alegre (RS), Brasil.
3. Professor Titular do Departamento de
Pediatria da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – UFRGS – Porto Alegre
(RS), Brasil.
RESUMO
A sepse neonatal e a síndrome da resposta inflamatória sistêmica, que antecede o choque séptico, se manifestam como um estado não específico, o que pode retardar o diagnóstico precoce do choque séptico, razão pela qual a mortalidade desta condição permanece elevada. O diagnóstico precoce envolve a suspeita de choque séptico em todo recém nascido apresentando taquicardia, desconforto respiratório, dificuldade de alimentação, tônus alterado, cor alterada, taquipnéia e perfusão reduzida, especialmente na presença de histórico materno de infecção periparto, como corioamnionite ou ruptura prolongada de membranas ovulares.
O presente artigo tem como objetivo
revisar o conhecimento atual a respeito das peculiaridades do período neonatal, da dinâmica da circulação fetal e da variável idade gestacional.
O choque séptico no recém-nascido não é choque séptico do adulto pequeno.
No recém-nascido, o choque séptico é predominantemente frio, caracterizado por redução do débito cardíaco e alta resistência vascular sistêmica (vasoconstrição).
O tempo é fundamental no tratamento para reversão do choque séptico. A revisão da literatura, baseada em buscas em bases indexadas, fornece subsídios para o manejo do recém-nascido.
Descritores: Sepse; Recém-nascido;
Choque séptico; Citocinas; Síndrome de