Choque hipovolémico

CHOQUE HIPOVOLÉMICO O choque hipovolémico define-se como a redução do volume intravascular a tal nível que a perfusão tissular efectiva não pode ser mantida.

Causas As causas do choque hipovolémico podem dividir-se em 3 grupos:
1. Perda de sangue total;
2. Perda de plasma;
3. Perda de fluidos e electrólitos;

1. A perda de sangue total, ou seja, a perda de plasma e hematócrito, pode dever-se a hemorragias, causas farmacológicas, choque medular (interrupção fisiológica da condução pela medula), anafilaxia (reações alérgicas) e sepse (infecção geral grave por organismos patogénicos);
2. A perda de plasma pode ter origem numa hipoproteinemia provocada por, por exemplo, uma síndrome nefrótica (elevação exagerada de permeabilidade dos glomérulos renais às proteínas), dengue, sepse e obstrução intestinal;
3. A perda de fluidos e electrólitos decorre de vómitos, diarreia, insuficiência adrenal (há um défice, por exemplo, na secreção de aldosterona – diminuição da reabsorção de água e Na+), diabetes mellitus (aumento anormal de açucar no sangue – inibe a reabsorção de água pelo rim), diabete insípidus (deficiência de ADH ou insensibilidade dos rins à ADH – excreção de grandes quantidades de urina muito diluída) bem como de perdas insensíveis (perda de água através da respiração ou através da pele, por difusão – acontece mesmo na ausência de glândulas sudoríparas e é minimizada pela camada de células cutânea e pela própria gordura da pele; em casos de queimaduras graves esta camada é destruída e podem haver grandes perdas de água);

Fisiopatologia e Mecanismos compensatórios No choque hipovolémico o volume sanguíneo intravascular é diminuido, havendo redução de volume diastólico final, o que leva à redução do volume sistólico com consequente redução do débito cardíaco. Isto culmina num fluxo sanguíneo inadequado e incapaz de fornecer oxigénio e nutrientes para o metabolismo dos tecidos. Se a diminuição do volume sanguíneo não for demasiado grave (perda