Choque de civilizações
E apenas o Ocidente – composto basicamente de EUA, Europa e Austrália pode ser considerado civilizado. Mas então, como definir a América Latina, e, em especial, o Brasil? Já que ela não pode ser inserida na civilização ocidental do autor.
Como já vimos, para Huntington, a América Latina, inclusive o Brasil, faz parte da sub-civilização. É um “ramo desgarrado do Ocidente”.
O autor aponta vários argumentos para esta afirmação. Características típicas dos países ricos ocidentais. Podemos listar alguns:
São donos e operadores do sistema bancário internacional;
Controlam as moedas fortes
São os principais clientes do mundo;
Exercem considerável liderança moral dentro de muitas sociedades;
Possuem poderio militar maciço;
Controlam o ensino técnico de ponta;
E por conseqüência de tais características, o conceito de modernidade não se encaixa em países sub-civilizados como o Brasil.
Ser moderno, para Huntington, é atingir tais características e não apenas isto, mas sim ter um legado, uma herança como bagagem que de certa forma legitima a posição que mantém hoje. Como por exemplo, a cultura Greco-Romana; o Cristianismo, sobretudo a ética e cultura protestante, o pluralismo social e o individualismo, etc.
Tendo em vista os diversos argumentos do autor, chegamos à conclusão de que é possível concordar com sua tese.
O Brasil é taxado por ele como civilização separada. Desta forma Huntington acredita que o país detém pouca ou nenhuma aspiração, seja econômica ou social de vanguarda, não pode ser considerado civilizado, moderno ou mesmo parte do bloco ocidental. Vendo a civilização de forma analítica, ele especifica a ocidental como aquela que tem interesses substanciais em todas as civilizações alheias, já