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“Esse foi o primeiro fóssil inequívoco de orquidácea já encontrado”, afirma em entrevista à CH On-line um dos autores do artigo, o biólogo argentino Rodrigo Singer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Singer, que fez parte do estudo junto com pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e da Universidade Leiden, na Holanda, foi um dos responsáveis pela interpretação morfológica, taxonômica e funcional da espécie de orquídea fóssil.
O fóssil encontrado consiste em um polinário, isto é, um pacote de pólen aglutinado, a forma pela qual a maior parte das orquídeas libera seu pólen. Esse polinário está ligado à região dorsal (mesoscutelo) de uma abelha fóssil da espécie extinta Proplebeia dominicana . Ambos estão preservados em âmbar e datam do período Mioceno (entre 20 e 15 milhões de anos atrás).
A análise do polinário permitiu inferir alguns atributos morfológicos das flores e a forma como eram visitadas e polinizadas pelos insetos. O fóssil de orquídea foi descrito com o nome científico Meliorchis caribea , pertencente à subtribo Goodyerinae, agrupamento que ainda tem representantes vivos na flora atual.
Singer ressalta que as orquidáceas têm alto grau de especialização. Trata-se do grupo mais diversificado de angiospermas (plantas com flores). Segundo ele, a maior parte das orquídeas apresenta seus órgãos reprodutores masculinos e femininos fusionados em uma estrutura chamada coluna. Além disso, têm uma pétala