CHOAY, Françoise. A Revolução Francesa. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade/UNESP, 2001, p.95-123.
Capítulo III - A REVOLUÇÃO FRANCESA
- A Revolução Francesa desencadeou uma série de danificações de igrejas, que foram incendiadas, de estátuas que foram destroçadas, de castelos que foram saqueados, etc. essas ações foram denominadas “vandalismo” pelo abade Gregoire e desde então “o pesado balanço das destruições da revolução foi feito, e a historiografia de sua abordagem historiográfica foi estabelecida em detalhes” (p.95).
- A autora afirma: “A obra de proteção do patrimônio francês iniciada pela Revolução permanece em geral desconhecida. Ele mereceu, contudo, da parte de Rücker , uma análise minuciosa com base em arquivos e documentos oficiais.
-Rücker vê na Revolução “as origens da conservação dos monumentos históricos da França”. Para ele É neste processo (o da Revolução), que ocorre o início da noção de conservação do patrimônio histórico.
-Na década de 1830, a partir da criação da Comissão dos Monumentos Históricos, surge uma política do Estado para a conservação do patrimônio histórico, apoiada nos aparelhos jurídicos e técnicos... (p.95)
Tombamento do patrimônio
- A Assembléia Constituinte revolucionária, em 1789, visando proteger os bens do clero, coloca-os “à disposição da nação”.
- As palavras-chave: herança, sucessão e conservação, transformam o status das antiguidades nacionais, estas passam a ser vistas como valores de trocas, em bem materiais que necessitam ser preservadas e mantidas sob pena de prejuízos financeiros (já não dependem mais de uma conservação iconográfica). (p. 98)
-Nasce a idéia de tombamento histórico - Mirabeau e Talleyrand sugerem a criação de uma comissão dita “dos Monumentos” que seria responsável por inventariar a herança e definir as regras de gestão. “Por fim, e sobretudo, antes de qualquer decisão sobre sua destinação futura, estes são protegidos e postos fora de circulação em caráter