Chistes - Resenha

Ato Falho

Sendo o inconsciente fundado pelo recalque, como uma defesa da angustia da castração, e o recalque sendo da estrutura neurótica, a estrutura do inconsciente se funda em sintoma, o chistes, sonhos e lapsos.
A primeira menção feita por Freud a um ato falho foi em uma carta enviada a Fliess em 26 de agosto de 1809 (Freud, 1950a, Carta 94). Onde ele diz: “finalmente compreendi uma coisinha de que suspeitava há muito tempo” - o modo como um nome às vezes nos escapa e em seu lugar nos ocorre um substituto completamente errado. Tempo depois em “Conferencias introdutórias sobre a psicanalise” (1916-17) ele dedica três capítulos ao ato falho, onde ao iniciar a conferência II Parapraxia, ele aponta o fato de todos nós estamos sujeitos ao ato falho:
“Escolhamos como tema determinados fenômenos muito comuns e muito conhecidos, os quais, porém, têm sido muito pouco examinados e, de vez que podem ser observados em qualquer pessoa sadia, nada têm a ver com doenças. São o que se conhece como ‘parapraxias’, às quais todos estão sujeitos” Em 1901, na obra “Psicanalise da vida cotidiana”, Freud define de maneira ampla o ato falho, definindo esquecimentos, lapsos da fala,equívocos na ação, superstições e erros.
Posteriormente, ele retoma o assunto na obra “Novas conferências introdutórias sobre psicanálise” (1933 [1932]) em um pequeno capitulo “As Sutilezas de um Ato Falho” (1935), um dos seus últimos textos.
Os lapsos, ato falho ou parapráxis para Freud seria então uma manifestação comum em pessoas sadias, uma falha na memoria ou escrita com o objetivo de realização do desejo do inconsciente, o ato falho é a constituição do compromisso entre reprimido e consciente.
Elizabeth Rodinesco, define o ato falho como:

“ato falho-
Ato pelo qual o sujeito, a despeito de si mesmo, substitui um projeto ao qual visa deliberadamente por uma ação ou uma conduta imprevistas.”

Tendo a estrutura do ID, Ego e Superego, o ato falho aparece no momento em que o Superego