China
Tomada do poder pelos comunistas, em 1949, que inicia uma vasta transformação política, econômica e social na China. Em 1900, o médico Sun Yat-sen funda o Partido Nacionalista (Kuomintang), em oposição à monarquia e à dominação estrangeira que marcam a China durante todo o século XIX. Apoiado por militares nacionalistas, é proclamado presidente provisório em dezembro de 1911. Mas a república não consegue estabelecer seu domínio sobre todo o país. Há conflitos com governantes militares das províncias do norte e a invasão japonesa durante a I Guerra Mundial leva a um longo período de guerra civil.
A morte de Sun Yat-sen, em 1925, provoca uma luta pelo poder no Kuomintang. A facção vitoriosa, liderada por Chiang Kai-shek, alia-se ao Partido Comunista Chinês (PCCh), fundado em 1922, contra os senhores feudais do norte do país. A aliança só dura até 1927, quando uma insurreição operária é reprimida com violência pelo Kuomintang em Xangai. Os comunistas, liderados por Mao Tsé-tung, são colocados na clandestinidade e refugiam-se em Kiangsi e Fukien, onde formam grupos de guerrilheiros e desapropriam latifúndios, organizando ligas camponesas. Em 1931, é proclamada a República Soviética da China, na região dominadas pelos comunistas, intensificando-se a guerra civil contra os nacionalistas.
Debilitada pela guerra, a China não oferece resistência ao Japão, que em 1931 invade a Manchúria e cria o protetorado do Manchukuô, sob o governo fantoche de Pu Yi, o último imperador da dinastia manchu. Paralelamente prossegue a guerra civil. Para escapar ao cerco do Kuomintang, 100 mil comunistas, liderados por Mao, deslocam-se durante quase um ano por 10 mil quilômetros para a região norte do país. É a Grande Marcha (1934-1935), que dá prestígio e uma dimensão quase mítica aos comunistas, que passam pelas aldeias mais remotas e conclamam os camponeses a se organizar contra os senhores da terra.
Em face do avanço japonês, o Kuomintang e o PCCh são