China

X BIENAL DE ARQUITETURA DE SÃO PAULO
“CIDADE: MODOS DE FAZER, MODOS DE USAR”
China: o mundo renderizado
País que mais cresce dos pontos de vista econômico e urbano no mundo, a China apresenta fenômenos intrigantes no cenário atual. De um lado, cidades como Shenzhen, cujos parques temáticos clonam as imagens de outros lugares do mundo. De outro, Ordos Kangbashi, cidade construída para 1 milhão de habitantes, e ainda praticamente vazia. Se Detroit é a "cidade fantasma" do passado, Ordos é o seu equivalente no futuro.
Alguns dados são assombrosos: em 2008, foi constatado que os moradores de metrópoles viraram mais de metade da população do planeta e a densidade foi se tornando um atributo cada vez mais crucial para a sustentabilidade das cidades. É sobre isso que Valetina Tong fala – ou melhor, mostra - no conjunto China: o mundo renderizado. A partir das séries fotográficas Ordos Kangbashi e Shenzhen,respectivamente, Valentina propõe uma comparação entre uma cidade planejada para um milhão de habitantes que tem uma população residente de aproximadamente 30 mil pessoas versus outra que, nos anos 1990, colocou em prática um plano de crescimento de 30 mil para um milhão de habitantes e teve um aumento muito acima do previsto (em 2000, já tinha 10 milhões).

Com a extensão de 87 mil km² (57 vezes maior que o município de São Paulo), Ordos Kangbashi abrange o vilarejo de Yiqi e a cidade de Dongsheng já existentes, além da nova área administrativa de Ordos Kangbashi (planejada para mais de um milhão de habitantes, mas até agora praticamente despovoada).
Ordos possui todos os atributos de uma cidade criativa: teatro, biblioteca de ponta, um grande museu (ainda sem acervo), universidade; no entanto, a maior parte da população que frequenta a municipalidade é de Dongsheng, situada a 25 km de distância.
A cidade contemporânea está em permanente estado de mutação.
As situações colocadas são todas elas perguntas, não damos resposta para nenhuma questão. A exposição