China - índices de desenvolvimento e economia
A China vem se consolidando como grande potência econômica mundial nas últimas décadas, mas nem todos os seus indicadores são de primeiro mundo. Com IDH 0.794(2) e PIB per capita 9,1 mil(3), a concentração de renda na China, medida pelo índice GINI, é de 0,47 (5). Considera-se que índices GINI acima de 0,4 refletem uma situação social em que insatisfações sociais podem explodir(4). Junto a esta realidade de grande disparidade social, as condições laborais são desumanas: baixos salários – o que garante a competitividade imbatível de seus produtos-, horas extras excessivas, condições precárias de trabalho e moradia, violação de direitos das mulheres, trabalho de menores, discriminação e treinamento insuficiente(6). Primeiro lugar no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2012, a província de Xangai, na China, tem um exigente sistema de ensino que cria vantagens e deficiências na formação dos seus estudantes. Cálculo e memorização do conteúdo são as prioridades no ensino, deixando de lado a criatividade e a capacidade de análise e de expressão. Além de passar a manhã e a tarde na escola, os alunos da China estudam em casa quase três vezes mais que a média mundial. A maioria gasta em média 13,8 horas diárias fazendo lição de casa, segundo o governo chinês. A média mundial é de 4,9 horas (9). Os chineses são os mais materialista do mundo: 71% deles medem o seu sucesso e felicidade baseado no que compram e possuem, segundo o Ipsos (10), e isto influencia os hábitos de consumo de sua população. Quanto maior o consumo, maior o status do cidadão. Consumir também movimenta o seu mercado interno. A China tem 2,7 milhões de milionários (pessoas com patrimônio disponível superior a 1 milhão de dólares), e 251 bilionários, segundo o site Hurun Report. Mas 13 porcento dos seus 1,3 bilhão de habitantes vivem com menos de 1,25 dólar por dia, segundo a ONU. A renda média disponível nas áreas