CHICO BUARQUE _ Francisco Buarque de Holanda, 19-6-1944 (Rio de Janeiro). Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, estudou no Rio, alguns anos na Itália, em São Paulo e ingressou no curso de arquitetura da Universidade de São Paulo em 1963. Em 1964 teve a primeira música conhecida pelo público, chamada Tem mais Samba. Em 1965 é lançado um compacto simples com as gravações de Pedro Pedreiro e Sonho de um Carnaval. Em 1965 a cantora Nara Leão lança compacto com as músicas Olê, Olá e Madalena foi pro mar, compõe a trilha da peça Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto (direção Silnei Siqueira). Em 1966 a marchinha A Banda, cantada por Nara Leão divide o primeiro lugar com Disparada (Geraldo Vandré e Theo de Barros) no II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record de São Paulo. Em 1967 canta Roda-Viva junto com o conjunto MPB4, ficando em terceiro lugar no III Festival da mesma emissora, ano em que classificaram-se Ponteio (Edu Lobo e Dori Caymi) em primeiro, Domingo no Parque (Gilberto Gil) em segundo e Alegria, Alegria (Caetano Veloso) em quarto. A música fez parte da peça escrita por ele (Roda-Viva, direção José Celso Martinez Correa) cuja apresentação foi proibida pela censura após reações de grupos extremistas nos teatros em que se apresentou. No mesmo ano obtém o 3o. lugar no II FIC (Festival Internacional da Canção) da TV Globo com Carolina. Em 1968 compõe Retrato em Branco e Preto com Tom Jobim e a mesma parceria ganha o 1o lugar no III FIC com Sabiá, quando a preferida do público era Caminhando (Geraldo Vandré) que ficou em 2o. lugar. Em excursão pela Europa e com o endurecimento do regime militar em dezembro de 1968, passa a morar na Itália fazendo shows, programas de rádio e TV. De voilta ao Brasil em 1970 lança Apesar de Você, uma crítica velada ao regime militar, logo proibida pela censura. Para driblar os censores assina algumas obras como Julinho de Adeláide e Leonel Paiva. Fez trilhas para a peça Calabar ou Elogio à traição