Chechenia

O território checheno é estratégico para a Rússia, pois ali passam os oleodutos que transportam o petróleo da região do Mar Cáspio, fato que gera a cobiça internacional na região. Em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, os chechenos são acusados pelo governo soviético de Stálin (líder da União Soviética) de colaboração com o regime nazista alemão. Stálin ordena a deportação de milhares de chechenos para a Sibéria. Mais tarde em 1957, os sobreviventes foram anistiados e tiveram o direito de regressar para a Chechênia. Com o fim da URSS e a criação de Comunidade de Estados Independentes (CEI), a Chechênia elege o seu presidente, Dzojar Dudaev, porém permanece como área soviética. Dudaev lidera um movimento separatista, ao mesmo tempo que a região fica cada vez mais sujeita à ação das máfias russas que promovem o tráfico de armas, fato que gera preocupação de Moscou sobre o controle dos oleodutos da região.
A instabilidade e, principalmente, o medo de que a Chechênia constituísse uma república independente, incentivando o separatismo pelo meio armado de outras regiões da Rússia, levou o governo de Boris Yeltsin, em 1944, a promover o ataque russo contra a Chechênia.
O conflito ganha ainda mais proporção, quando, em 2002, terroristas sequestram civis num teatro em Moscou. A ação da polícia russa no local culminou com a morte dos terroristas e de diversos reféns. No âmbito da guerra antiterror lançada pelos EUA após os atentados de 11 de setembro de 2001, o temor de que uma ação islâmica em cadeia pudesse atingir as repúblicas islâmicas da CEI e interferir nos seus negócios levou o governo russo a apoiar os Estados Unidos na sua ofensiva contra o regime talibã do Afeganistão e, ao mesmo tempo, a estabelecer uma ligação direta entre os rebeldes separatistas da Chechênia Grupos separatistas chechenos invadiram uma escola em Besla, na Ossétia do Norte. Eles fizeram mais de mil reféns, a maioria crianças e jovens, além de pais e professores. A explosão do