CFCCT
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José Rollemberg de Mello Filho e Lara Melo SouzaJosé Rollemberg de Mello Filho (FAU/USP, 1977) trabalhou como arquiteto na prefeitura paulistana entre 1979 e 2012. É professor na Universidade Anhembi Morumbi e na pós‑graduação da Escola da Cidade. Lara Melo Souza (FAU/UFPE, 2007) atuou na Secretaria de Cultura da prefeitura paulistana de 2007 a 2009 e atualmente integra o corpo técnico do Condephaat (órgão estadual de defesa do patrimônio)
IMPLANTAÇÃO
Na implantação, os autores imaginaram o edifício como um elemento de conexão entre a via para a qual sua principal frente está voltada, em cota mais baixa, e a área verde pública na parte posterior, situada no ponto mais elevado. “O desnível entre ambos é de 12 metros”, informa Mello Filho. A abordagem levou à solução que tornou o prédio um caminho alternativo (e mais rico e atrativo) até o parque. O trajeto é feito por rampas, nas quais o transeunte cruza com oficinas, exposições, bar, teatro, área de estar etc.
“Criamos espaços transparentes para a circulação, buscando com isso incentivar a participação dos visitantes nas atividades artísticas e o encontro entre as pessoas”, argumenta o arquiteto. O percurso tem início junto à avenida, num espaço de estar, aberto para a cidade, convidando à entrada.
O hall de chegada/área de estar é flanqueado pela biblioteca, de um lado, e, do outro, pelo centro de memória, espaço da administração e o cinema na extrema esquerda do conjunto. “O centro de memória responde à solicitação da população por um lugar onde se recolhessem as histórias e os documentos e se discutisse o presente do bairro, que hoje constrói sua identidade”, argumenta Mello Filho.
Nos dois pavimentos intermediários se distribuem as salas de aulas, de artes plásticas, telecentro, bar e espaço de exposições, este ligado a um terraço. O teatro e as oficinas de dança, teatro, música, figurino, iluminação, cenotécnica e audiovisual (nas quais se buscará “dar condições para que os alunos sejam inseridos no mercado