Cfc e camada de ozonio
Luiz Carlos Baldicero Molion -Prof. Phd do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal de Alagoas molion@ccen.ufal.br "Se me permitirem, eu gostaria de tecer alguns comentários sobre emissões de gases de efeito-estufa para a atmosfera, provenientes das atividades humanas. Eu sou professor no Departamento de Meteorologia da Universidade Federal de Alagoas e venho estudando o assunto há mais de 15 anos. Em primeiro lugar, gostaria de alertá-lo para não acreditar em tudo que é publicado por organizações pertencentes a ONU, pois, muitas vezes, tais ações e orientações têm o objetivo de fazer com que países de primeiro mundo continuem a manter sua hegemonia, em termos econômicos e tecnológicos.
Esse parece ser o caso do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), ONU, que tem tratado de emissões de gases e que liberou recentemente seu "Third Assessment on Climate Change" (3° avaliação sobre mudanças climáticas) que aumentou, ainda mais, as estimativas de aumento da temperatura global se a concentração de CO2 e outros gases de efeito-estufa dobrarem, variando agora de 1,5 °C a 5,6°C.. A figura 10 do Sumário Técnico do próprio IPCC mostra que, para os últimos 17 anos, houve uma tendência na concentração de metano (CH4) de -0,09% ao ano, o que significa que seu crescimento tem sido negativo e que a concentração de CH4 poderá se estabilizar em 2005 e diminuir a partir desse ano, apesar de os rebanhos de ruminantes terem crescido nesse mesmo período. As taxas de aumento de CO2 também têm decrescido, passando de 0,45% ao ano no começo dos anos 1980 para 0,41% ao ano no início dos anos 1990 (decréscimo de 0,04%), enquanto as emissões humanas passaram de 5,4 Gigatoneladas de carbono (GtC) por ano para 6,8 GtC/ano, um aumento de 26% no mesmo período. As concentrações desses gases de efeito-estufa dependem muito da temperatura dos oceanos que cobrem 71% do planeta. Os oceanos são os grandes reservatórios