Ces Rio Verde
25 fevereiro 1855 / 19 julho 1886 (morre aos 31 anos, vítima de tuberculose)
CESÁRIO VERDE
LISBOA NO TEMPO EM QUE CESÁRIO VERDE MORREU
Em trinta anos , a cidade dobrou a sua população.
Do campo chegaram milhares de pessoas: primeiro os homens e, depois, as famílias. A cidade alargou os seus limites, estendendo-se para Benfica, Lumiar, Mafra.
A construção aumentou pois era preciso dar habitação aos novos habitantes.
Os trabalhadores viviam em bairros degradados, sem esgotos, focos de doença, onde tentavam recriar a vida do campo de onde vinham e, então, proliferavam, os galinheiros, a criação de animais, as hortas…
A cidade parecia asfixiante aos novos habitantes cujos laços ao campo permaneciam fortes.
Ao fim de semana procuravam o campo, deixavam a cidade a caminho do campo onde realizavam animados pique niques.
Os bailes operários, as touradas, as tabernas com parreirinhas, as sociedades recreativas eram as distrações destes habitantes.
LISBOA NO TEMPO EM QUE CESÁRIO VERDE MORREU
1848: primeiros candeeiros a gás;
1878: instalação, no Chiado, de seis candeeiros elétricos.
MAS…
A maior parte das ruas eram de terra, malcheirosas e escuras;
a poeira invadia casas e lojas;
a higiene era deplorável: pátios e quintais onde se criavam porcos, galinhas e coelhos e casas infestadas de parasitas;
poucas casas possuíam água canalizada;
grande contraste entre ricos e pobres;
pedintes, cegos, crianças abandonadas, aleijados amontoavam-se no centro da cidade;
LISBOA NO TEMPO EM CESÁRIO VERDE MORREU
operários desempregados, vendedeiras que vinham do campo vender as suas mercadorias à cidade;
com salários irrisórios, os operários comiam pão sopa e batatas;
a tuberculose pulmonar e as pneumonias causavam muitas mortes;
as condições de trabalho eram terríveis: a duração do dia de trabalho era longuíssima e a segurança nas oficinas inexistente;
começou a espalhar-se a ideia que o Estado tinha de intervir e