Certa vez decepei a m o de um homem
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Certa vez decepei a mão de um homem. É duro ser camponês, você trabalha o tempo todo para um belo dia alguém bonito e bem arrumado chegar e dizer que o feudo não tem condições de sustentar tanta gente e que por isso eu e mais algumas dezenas temos que ser expulsos. Eu tinha treze anos de idade, então já era adulto, mas mesmo assim foi um golpe bem duro. É nessa parte que eu falo que consegui me juntar a um grupo de homens valentes que resolveram lutar contra as injustiças da vida e assim nós aprendemos a lutar praticando uns com os outros, fomos para várias guerras, nos tornamos famosos, conseguimos nos tornar nobres cavaleiros, mato um dragão para salvar uma princesa e assim consigo me tornar um grande e poderoso rei ao lado de meus amigos. Mas isso é só em livro mesmo, o que eu fiz foi juntar umas doze pessoas e formar um grupo de ladrões que atacam pessoas desavisadas nas estradas dos bosques e florestas. Aos quinze anos eu já era líder de todos eles, todos os oito (sim, quatro dos doze morreram: um de fome, um tropeçou e caiu na própria espada, um em combate e o outro tentou matar uma mosca com uma adaga e acabou acertando o próprio pescoço). Precisávamos muito de um ferreiro. Ninguém lá sabia nem se quer cuidar das próprias armas e elas precisavam ser amoladas. Eu disse que ia dar tudo certo e que era só esperar. Você não pode dar as más noticias aos seus subordinados porque aí eles param de acreditar que você é o líder perfeito. Eu sempre dava as boas notícias e omitia as más, por isso nunca houve nem se quer um cheiro de motim. Nenhum. Eis que passa uma carroça com algumas pessoas, três soldados e um cavaleiro protegendo-a. Eu sempre ataco primeiro justamente para encorajar os outros. A espada na mão direita e um punhal escondido na manga esquerda da minha camisa. A luta em si é rápida, pois soldados são treinados para lutar contra soldados, e não contra pessoas que jogam lama nos olhos do oponente ou dão um belo chute na virilha quando