Cerebelo
Bases Científicas e Modelos de Estudo O cerebelo classicamente é considerado responsável pela coordenação motora, mas ultimamente também as funções cognitivas. Embora o controle das funções cognitivas seja atribuídas determinadas áreas do córtex cerebral recentemente se têm atribuído esse papel também as estruturas subcorticais. A descoberta de que o cerebelo se encontra ligado por vias neuronais próprias, não só a áreas corticais motoras como áreas de associação, envolvidas em funções superiores, constitui um dos principais argumentos anatômicos das teorias cognitivas do cerebelo. Há um circuito de vias cruzadas uma ansa aferente cortico-ponto-cerebelosa e uma ansa eferente cerebelo-tálamo-cortical, através das quais o cerebelo poderá receber informação bem como exercer a sua influência sobre áreas hemisféricas corticais responsáveis por diversas áreas de cognição. Estudos imagiológicos funcionais permitem quantificar alterações metabólicas ou de fluxo sanguíneo cerebral em regiões discretas do encéfalo e relacioná-las com a realização de tarefas escolhidas para simularem determinadas funções cerebrais. Deste modo, é possível estudar indiretamente a atividade do cerebelo durante a realização de paradigmas cognitivos. As doenças como autismo, esquizofrenia, perturbação de hiperatividade e déficit de atenção trata-se de doenças que afetam o desenvolvimento, envolvendo áreas do cerebelo, nas quais áreas como aprendizagem, atenção e percepção são as mais prejudicadas. Nas doenças degenerativas cerebelosas, o cerebelo é em geral a estrutura mais afetada, manifestando uma perda lenta e progressiva na coordenação motora, que se acrescentam de forma invariável sinais e sintomas de outros sistemas neurológicos. O cerebelo também se encontra sujeito a patologia vascular, tumoral, sendo atingido frequentemente por lesões hemorrágicas, associadas muitas vezes a hipertensão arterial. Há também os tumores