Ceramica

Dona Cadú e Shoku Suzuki

Depois de assistir os documentários sobre Dona Cadú e Shoku Suzuki, varias reflexões chegaram até a mim. Desde o jeito que a arte vive com essas senhoras até a valorização da arte de do valor em capital de cada peça.
Percebe-se que as duas senhoras são grandes esculturas de cerâmica e fazem seu oficio há muitos anos com muita perfeição e técnica, ambas são completamente apaixonadas por fazer cerâmica, faz todos os dias como terapia e forma de se sustentar.
Dona Cadú mora no interior da Bahia em uma região bem simples, as peças que ela fabrica junto com outras mulheres (talvez seja uma cooperativa de artesãs de cerâmica) são utilitárias e vez de uma tradição bem antiga na região, a queima e feita em uma fogueira à beira do rio. Quando compra a argila, coloca para ser moída na estrada, com os carros passando por cima, uma maneira simples e inteligente.
Durante o documentário Dona Cadú deixa claro que aquele ali é seu sustento, e que o preço da matéria prima que utiliza está ficando cada vez mais cara. Sua arte estar na família dela há bastante tempo, ela aprendeu a técnica ainda quando criança ensinada pela sua Avó, o valor das suas peças não é tão valorizado quanto deveria ser.
Por outro lado Shoku Suziki também faz cerâmicas desde pequena, se encantou pela cerâmica ainda no Japão, atualmente mora em uma casa em São Paulo, e é lá que produz sua arte, suas peças são objetos de decoração, a queima é feita no forno que ela mesma construiu, para ela é um ritual que toda sua família participa.
Shoku Suziki é uma artista altamente reconhecida, suas obras já participaram de algumas exposições e é referencia para artistas que também fazem pecas em cerâmica.
Ambas senhoras tem grandiosos trabalhos se consideramos todos os processos para se fabricar uma peça, por que será então que Dona Cadú não é tão reconhecida artisticamente como Shoku Suzuki?
Acredito que esse fato estar ligado à cultura industrial, que separa as obras de