Centro de diagnostico por imagem
Dr. Sandro Fenelon é radiologista e editor médico do site www.imaginologia.com.br
Artigo originalmente publicado no Jornal Interação Diagnóstica Ago-Set/2002.
Atualmente, um dos temas mais controversos na imaginologia é a utilização dos métodos de imagem como ferramentas de screening. O diagnóstico em estágio inicial e conseqüente tratamento precoce de doenças neoplásicas, cardiovasculares e muitas outras geralmente aumenta a sobrevida dos pacientes ou pode até mesmo propiciar a cura.
Seguindo o exemplo da mamografia e do exame de Papanicolau, que tornaram-se métodos de rastreamento do câncer de mama e do colo uterino, respectivamente, vários imaginologistas em todo mundo têm estudado as aplicações da tomografia computadorizada (TC) e da ressonância magnética (RM) no diagnóstico de patologias não-suspeitadas em pacientes sadios.
Embora esses exames de screening por TC ou RM não sejam ainda aprovados e/ou recomendados pelas principais entidades médicas mundiais, muitos centros médicos, principalmente nos Estados Unidos, oferecem tais exames aos pacientes que desejam fazer um “check-up por imagem”. O custo dos exames de corpo inteiro é bastante alto, variando em média de 500 a 900 dólares para TC e 1200 dólares para RM. Além do alto preço, os exames não são cobertos pelos planos de saúde e em muitos centros diagnósticos não é realizado em pacientes com idade inferior a 40 anos.
TC de corpo inteiro
Após a publicação do assunto num jornal norte-americano de circulação nacional, a TC de corpo inteiro, apesar de muitas controvérsias, tem sido procurada pelos pacientes nos Estados Unidos. Defendida por uns e condenada por outros, que a consideram apenas um instrumento de marketing, o método inclui estudo detalhado do coração e artérias coronárias (presença de calcificações), pescoço, tórax, abdome, pelve e colonoscopia virtual. O exame na maioria dos centros é realizado sem contraste