Centralidades
A prefeitura de Belo Horizonte pós em prática seus planos para revitalizar praça
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Belo Horizonte, como se sabe, é uma cidade planejada. Ela foi criada, no final do século 19, pelo engenheiro-urbanista Aarão Reis para ser a nova capital de Minas Gerais. Nos planos, a cidade era circundada por um anel viário, a avenida do Contorno, e quase no centro dessa circunferência, havia um ponto onde as principais avenidas de Belo Horizonte e outras quatro ruas se encontram, formando a praça Sete de Setembro.
Com o crescimento urbano jamais sonhado, já nos anos 1960 a capital se expandira para além da av. do Contorno, que acabou incorporada à malha urbana da cidade. E da praça Sete original, restou apenas o obelisco, apelidado de "Pirulito", ilhado entre as pistas movimentadas da av. Afonso Pena.
Em 1990, a Prefeitura da cidade criou o programa BH Centro e promoveu um concurso público de arquitetura para a reurbanização do centro da cidade, especialmente nos quarteirões que cercam a praça Sete de Setembro. Venceram os escritórios Éolo Maia e Jô Vasconcellos; Gustavo Penna; João Diniz; e Álvaro Hardy Filho (Veveco). Apenas em 2001 as quatro equipes vencedoras foram chamadas para a retomada dos trabalhos e a revisão dos projetos, já que mais de dez anos haviam passado.
Respeito ao usuário
Mas as premissas do concurso foram mantidas: as intervenções deveriam valorizar a relação entre os pedestres e o obelisco da praça; deveriam também respeitar os usos tradicionais que os freqüentadores impunham para as ruas próximas: pontos de engraxates, venda de flores ou a reunião de aposentados.
Assim foi feito e em setembro de 2003 a população da capital mineira recebeu de volta os quatro quarteirões que circundam a praça, inteiramente renovados. No piso dos calçadões destacam-se quase 8,5 mil m2 de piso intertravado. O coordenador dos projetos de arquitetura, Flávio Grillo, lembra que inicialmente os