Centesimus Annus

A RN condena a escolha dos meios de ação, própria do socialismo, que deriva também da raiz ateísta: a luta de classes. O Papa não condena toda e qualque forma de conflito social. Na Laborem exercens,, reconheceu claramente o papel positivo do conflito, quando ele se configura como «luta pela justiça social».O que se condena na luta de classes é a ideia de um conflito que não é limitado por considerações de carácter ético ou jurídico, que não respeita a dignidade da pessoa no outro, que exclui um entendimento razoável, e visa não a formulação do bem geral da sociedade inteira, mas sim o interesse de uma parte que se substitui ao bem comum e quer destruir o que se lhe opõe.
O militarismo e o imperialismo da época impunham no âmbito das relações internacionais a representação da “guerra total”. Esta doutrina substituía a procura do justo equilíbrio entre os interesses das diversas Nações, no qual prevalecia a absoluta posição da própria parte, mediante a destruição da resistência da parte contrária. Todos os meios era realizado para a destruição: o uso da mentira, o terror contra os civis, as armas de extermínio, que naqueles anos começavam a ser projetadas. Luta de classes em sentido marxista e militarismo têm, portanto, a mesma raiz: o ateísmo e o desprezo da pessoa humana, que fazem prevalecer o princípio da força sobre o da razão e do direito.
A RN aponta o caminho de justas reformas, que restituam ao trabalho a sua dignidade de livre atividade do homem. Que implica uma tomada de posição responsável por parte da sociedade e do Estado. Defende o trabalhador contra o desemprego. De dois modos: com políticas econômicas, assegurando o crescimento e a condição de pelo emprego; seguros desempregos e políticas de requalificação profissional capaz de facilitar a passagem dos trabalhos dos setores em crise para outros em expanção.
Os níveis salariais adequados para o sustento do trabalhador e da sua família; oferecendo conhecimentos capazes de tornar o seu