Cenario economico brasileiro
O mundo acompanhou há aproximadamente duas décadas um movimento na Europa que despertou uma crítica ambígua. Por um lado, alguns defendiam a União Europeia como uma estratégia de solidificação do continente. Porém outros apontaram que a estrutura estava apoiada em pilares que apresentam grandes rachaduras. Entre os objetivos apontados, constava a unificação da moeda.
Alguns anos mais tarde, o projeto da moeda única se confunde com o próprio início da União Europeia. Substituir moedas que existiam há centenas de anos e eram símbolos nacionais de países como França (franco), Alemanha (marco) e Itália (lira) foi um processo que culminou em 1º de janeiro de 2002, quando o dinheiro oficial de 15 países foi trocado pelo euro.
Apesar das críticas de respeitados economistas, que insistissem em falar do assunto eram vistos, até pouco tempo atrás, tão somente como uma voz agourenta. Ao longo dos últimos 4 anos, contudo, esse cenário mudou. A crise americana desnudou uma condição até então não tão conhecida pelo mundo: a crise europeia, inicialmente na Grécia. Por sua vez, a crise grega fez com que estudos "anti-euro" de franceses, alemães e italianos fossem tirados do fundo da estante e analisados com afinco pelas equipes econômicas dos países líderes do bloco europeu, França e Alemanha.
Num primeiro cenário, imaginava-se apenas a volatilidade momentânea da moeda e que em apenas alguns meses não seria de se estranhar se o euro desse um salto.
Porém algumas análises apontaram que os problemas europeus eram muito mais profundos: dificuldades de coordenação política, inexistência de políticas monetária e fiscal comuns, mercado de trabalho engessado, elevados gastos públicos, além é claro da conhecida lentidão europeia na realização de reformas.
A indisciplina fiscal e o descontrole das contas públicas em países da zona do euro, em particular na Grécia, arrastaram o bloco para uma crise financeira sem precedentes. Após a revelação de que os gregos