Cemitério da soledade de belém
HISTÓRICO
O Cemitério da Soledade foi inaugurado no dia 08 de janeiro de 1850, por Jerônimo coelho, presidente da província na época, durante o surto de febre amarela que assolou a cidade de Belém. Até essa data, Belém não possuía um cemitério público onde, ricos e pobres fossem sepultados lado a lado, os ricos eram enterrados em igrejas ou em áreas particulares, enquanto a população menos abastada e os escravos eram enterrados em terrenos públicos, a exemplo de onde, atualmente, se situa a Praça da República.
Quanto a organização da posição dos sepulcros, a hierarquia social ainda imperava, onde os mais ricos ficavam no corredor principal, havendo também quatro quadrantes, situados nos quatro cantos do cemitério, para os mais privilegiados.
A construção do Cemitério da Soledade coincide com o início do crescimento da exportação da borracha, juntamente com a importação e distribuição de diversos produtos europeus no porto de Belém, que proporcionou toda a pompa e o luxo urbano da Belle Époque, com a construção de inúmeros monumentos arquitetônicos que, nos dias de hoje, fazem parte do acervo histórico-cultural de Belém.
A função do Cemitério da Soledade cessou em 1880, devido ao excesso de sepulturas, onde passaram a receber somente corpos embalsamados e urnas funerárias. Nas três décadas em que fora ativo, o cemitério recebera mais de trinta mil sepultamentos.
SOBRE A ARQUITETURA:
Durante a nossa visita ao Cemitério as Soledade, embora mal conservado, nos deparamos com diversas sepulturas de uma arquitetura sem igual, que variam principalmente entre estilos:
NEOCLÁSSICO
Jazigo da família do Barão de Igarapé Merim (1856)
DESCRIÇÃO: O mausoléu possui frontão triangular, uma cruz no topo, colunas em estilo dórico com fuste estriado e um portão de ferro fundido.
NEOGÓTICO
Jazigo da família do Major João Victorino de Sousa Cabral
DESCRIÇÃO: O mausoléu tem o formato de uma capela neogótica, com ogivas e elementos