Celulose
As moléculas de glicose que formam o polissacarídeo celulose são unidas por pontes de hidrogênio, e as macromoléculas de celulose estabelecem entre si ligações glicosídicas, um tipo de ligação covalente que resulta da reação de condensação (reação em que duas moléculas se unem para formar uma única) entre duas moléculas de carboidratos. A ligação glicosídica é responsável pela estrutura espacial linear da molécula de celulose, o que forma fibras insolúveis, impedindo a solubilidade em água e dificultando a degradação das mesmas.
Industrialmente a celulose do algodão é usada na produção de tecidos, devido à sua estrutura fibrosa, e a madeira (pinheiros, eucaliptos, etc) é usada na produção de papel. Como a molécula de celulose possui três hidroxilas, ela é passível de esterificação, da mesma forma dos álcoois. Ao ser esterificada com anidrido acético, obtêm-se os acetatos de celulose usados em fibras têxteis e em películas fotográficas e cinematográficas; se esterificada pelo ácido nítrico, obtêm-se o explosivo conhecido como algodão pólvora. A celulose também é usada na preparação de piroxinilas, substâncias aplicadas à produção da seda artificial, linho e celuloide. A partir da celulose é possível se produzir o etanol celulósico, um tipo importante de biocombustível.
Trata-se de uma fonte essencial de alimento para diversos animais herbívoros, como os ruminantes (bovinos, caprinos, equinos, ovinos). Paradoxalmente, porém, esses animais não são capazes de digerir as moléculas de