Celulose papel e reciclagem
Celulose
A celulose (figura 1) é um polímero de cadeia longa (polissacarídeo) composto de um monômero de glicose, cuja fórmula molecular é (C6H10O5)n, apresentando cadeias lineares e fibras alongadas, responsáveis por dar-lhe características como a rigidez e a resistência. É a substância orgânica mais abundante na natureza por ser um dos principais constituintes das paredes celulares das plantas. [Shreve, 2008]
É insolúvel em água, solventes orgânicos neutros e soluções de álcalis e se dissolve em ácidos minerais concentrados, alguns hidróxidos e soluções salinas. Os únicos organismos que conseguem decompor a celulose são algumas bactérias e os micro-organismos que habitam o aparelho digestivo dos ruminantes. As enzimas responsáveis por decompor a celulose são as celulases. Figura 1.0 – Ilustração de celulose esbranquiçada.
Existem dois tipos de celulose, com diferentes características físicas e químicas, que são utilizados na produção de papel: a celulose de fibra longa e a celulose de fibra curta.
Celulose de fibra longa: originária de espécies coníferas como o pinheiro (Pinus), possuem comprimento que varia de 2 a 5 milímetros. Utilizada para a fabricação de papéis que demandam mais resistência, como os de embalagens, papel cartão (nas camadas mais internas) e papel jornal. Celulose de fibra curta: extraída principalmente do eucalipto, varia entre 0,5 a 2 milímetros de comprimento. São as fibras ideais para a produção de papéis de imprimir e de escrever e os utilizados para fins sanitários (papel higiênico, toalhas de papel, guardanapos), além de papéis especiais. Possuem menor resistência que os de fibra longa, mas têm alta maciez e boa absorção.
A celulose, além de ser utilizada na indústria de papel e para a extração de fibras artificiais, também é utilizada para a fabricação de vernizes, explosivos e celuloide (utilizado para fins de suporte a filmes fotográficos e cinematográficos).
No Brasil, as principais fontes de