Celso vasconcello
O preconceito artificial do educador (esses alunos são ótimos – esses alunos são péssimos) age de modo determinante sobre o comportamento do educando. Ou melhor, os bons e os maus alunos são inteiramente fabricados pelos professores. Em suma, a condição essencial para que um aluno, para que uma classe tenha bons resultados é que o professor tenha confiança neles. Essa seria a reforma mais econômica da escola com que se poderia sonhar. Mas também a mais difícil de ser aplicada. Os eventuais erros de uns são interpretados como lapso, engano, distração, enquanto que os mesmo erros, de outros, são atribuídos ao desinteresse, incompetência e burrice. Muitas vezes, o professor se vangloria todo: “Está vendo, não falei que aqueles alunos não tinham jeito”. A partir de agora, cremos que precisaria rever um pouco sua necessidade de ser “profeta”, de “acertar” (o professor acertou ou o aluno foi por ele acertado??).
c) Conselho de Classe: Os conselhos de classe podem ser importante estratégias na busca de alternativas para a superação dos problemas pedagógicos comunitários e administrativos da escola. Apontamos a seguir algumas observações sobre sua organização:
- Devem ser feitos durante o ano e não apenas no final, quando pouca coisa pode ser modificada;
- Deve, contar, na medida do possível, com a participação de todos os membros da comunidade (professores, equipe de coordenação, direção, alunos – ou seus representantes --, auxiliares, pais), para que se tenha a oportunidade de uma visão de conjunto;
- O enfoque principal deve ser o processo educativo e não as notas, os longos e “santos” comentários de cada aluno “problema”; Não está nas possibilidades da escola mudar as características de vida dos alunos ou de suas famílias, mas a escola pode e deve mudar as formas e condições do serviço prestado, conforme as características dos alunos.
- Devem apontar