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2309 palavras
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Confiança x DesconfiançaEsta fase se dá no primeiro ano de vida. Nos primeiros meses, os bebês desenvolvem um sentimento do quão confiáveis são as pessoas e os objetos de seu ambiente. Eles precisam desenvolver um equilíbrio entre confiança, que lhes permite formar relacionamentos íntimos, e desconfiança, que lhes permite se proteger. Quando predomina a confiança, como deve acontecer, as crianças desenvolvem a “virtude” da esperança: a crença de que elas podem satisfazer suas necessidades e seus desejos. Quando predomina a desconfiança, as crianças verão o mundo como hostil e imprevisível e terão problemas para formar relacionamentos.
À partir daí, podemos perceber alguns traços da personalidade se formando, ainda que em tão pouca idade. É importante que a criança conviva com pequenas frustrações, pois é daí que ela vai aprender a definir quais esperanças são possíveis de serem realizadas, dando a noção do que Erikson chamou de ordem cósmica, ou seja, as regras que regem o mundo.
Nesta fase também o bebê tem a ideia de sua mãe como um ser supremo, numinoso, iluminado. Nesta mesma época, começam as identificações com a mãe, que é por enquanto, a única referência social que a criança tem. Se esta identificação for positiva, se a mãe corresponder, ele vai criar o seu primeiro e bom conceito de si e do mundo, representado pela mãe. Se a identificação for negativa, temos o idolismo, ou seja, o culto a um herói, onde o bebê acha que nunca vai chegar ao nível de sua mãe, que ela é demasiadamente capaz e boa, e que ele não se identifica assim. Inicialmente, a criança vai se tornar agressiva e desconfiada, mais tarde, elas vão se tornar menos competentes, menos entusiasmadas, menos persistentes.
Segundo Erikson, a importância da confiança básica é devida ao fato de implicar a ideia de que a criança não só aprendeu a confiar na uniformidade e na continuidade dos provedores externos, mas também em si próprio e na capacidade dos próprios órgãos para fazer frente ao