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Armindo Rodrigues
Armindo José Rodrigues, considerado um dos melhores escritores do movimento neo-realista português, nasceu em Lisboa em 1904 e faleceu a 8 de Agosto de 1993. Filho de pais alentejanos, passou a sua infância entre Estremoz e Lisboa. Licenciou-se em Medicina na Universidade Nova de Lisboa, foi dirigente da Associação Académica da faculdade anteriormente referida e participou na organização de uma greve, o que levou à sua primeira prisão.
Viveu durante o regime salazarista e em virtude de ter ideias contrárias ao regime, fez parte de várias organizações clandestinas na luta contra o fascismo, voltando a ser novamente preso. Participou activamente no Movimento de Unidade Democrática (MUD) e nas campanhas eleitorais de Norton de Matos e de Arlindo Vicente para a Presidência da República.
Colaborou em diversas revistas como a “Colóquio-Letras”, a “Seara Nova”, a “Vértice” e em jornais como “O Diabo” e o “Diário de Bloqueio”. Dirigiu ainda a colecção “Cancioneiro Geral”.
Foi um dos fundadores do PEN Club Português, juntamente com outros escritores portugueses de renome, tendo exercido o cargo de vogal.
Fez ainda traduções de autores como André Malraux, Alain-Fournier, Mikhail Cholokov e Oscar Wilde.
Considerado por outros autores como sendo lírico, bucólico, dramático, epopeico, moralista, conceptual, moderno e clássico, Armindo Rodrigues considerava a sua poesia como “rítmica e musical”, cheia de elementos barrocos e com temáticas como o mundo e a vida.
Ao longo da sua carreira literária sólida e diversificada, foi o autor das seguintes obras:
1943 - Voz Arremessada ao Caminho (Poesia); - Romanceiro (Colectânea de Poesia);
1945 – Em Cada Instante Cabe o Mundo;
1948 – Cantigas de Circunstância; - A Esperança Desesperada (Poesia);
1950 – Beleza Prometida (Poesia); - Retracto de Mulher (Poesia);
1951 – Dez Odes ao Tejo (Poesia);
1953 – A Vida Perto de