Cbc- um caso de sucesso
Fonte: NORONHA, José Maria. Administrador, Professor da UNESA.
Em 1974, Cláudio Barros, gerente de uma das mais conceituadas lojas de modas da capital, demitiu-se do cargo para associar-se a Marcel, imigrante francês recém chegado ao país, que trazia uma grande experiência da indústria parisiense de confecções, conhecendo profundamente todas as fases técnicas desta indústria, desde a modelagem, corte, costura, até a passadoria. Com os limitados recursos que ambos dispunham, montaram uma pequena oficina de confecções, que logo evoluiu para a produção em série. Cláudio encarregava-se das funções comerciais e administrativas da modesta indústria, enquanto Marcel incumbia-se de todos os problemas da produção. Artesão por vocação, Marcel tinha grande aptidão para a mecânica, a ponto de inovar adaptações especiais que permitiam mais produtividade das máquinas e equipamentos existentes na indústria. O mercado consumia rapidamente toda a produção, deixando-lhes lucros compensadores. A empresa florescia. O tino administrativo e comercial de Cláudio, aliado ao tirocínio técnico de Marcel, haviam constituído uma feliz complementação. Enquanto Cláudio revelava-se um líder autoconfiante e bastante sagaz, Marcel vivia completamente absorvido pela indústria, adquirindo novas máquinas, adaptando outras, estudando processos e operações, com o objetivo de baixar os custos e aumentar a capacidade de produção. Tinha, entretanto, pavor à burocracia, à rotina administrativa e a tratar de conflitos surgidos nas relações de trabalho. Em poucos anos a empresa transformou-se numa das maiores indústrias de confecções do país, empregando quase 500 pessoas, e distribuindo os seus produtos por todo o território nacional. Em 1978, a empresa transformou-se em sociedade anônima, com a denominação social de CBC - Companhia Brasileira de Confecções. Cinco cargos de diretoria foram oferecidos aos funcionários que mais se destacaram - notadamente pela