Os cavacos industriais são ricos em microfissuras, facilitando a entrada do licor, expulsando o ar interno do cavaco. São muito comuns na espessura dos cavacos, pois é nessa direção que são picados. Os cavacos ideais são de espessura entre 2 a 5 mm (acima de 8 mm é considerado sobreespesso). Na parte lisa da faca, a fatia fica lisa (penetração mais lenta do que na outra face), no outro lado da faca – em ângulo – a fatia fica mascada. Cavacos muito finos consomem muitos químicos na polpação, e os sobre-espessos são muito difíceis de serem impregnados. Madeiras mais densas geram cavacos mais espessos; merecendo picadores com ajuste especial de facas. Esse tipo de cavacos aumentam o teor de rejeitos e o consumo de álcali efetivo, reduzindo o rendimento da celulose. Os operadores dos picadores geralmente não reduzem o comprimento dos cavacos pois gastam mais energia; já que uma mesma tora terá de ser fatiada mais vezes. O comprimento dos cavacos é a dimensão mais importante para a penetração do licor via diferencial de pressão, pois é a parte com maior capilaridade da madeira disponível para penetração. Mesmo demandando mais energia e tempo de picagem os cavacos para serem produzidos menores e mais finos, isso é muito favorável para o cozimento Kraft. Se ganha em termos de redução de rejeitos, aumento do rendimento, da produtividade do digestor, de número kappa, de consumo de químicos no branqueamento, etc. O investimento no setor de preparação de cavacos se paga em pouquíssimo tempo pelo alto retorno que apresenta. Mesmo que não se consiga modernizar os picadores, é importante ter atenção para: . Facas afiadas; . Contra-facas e blocos em bom estado; . Adequados ângulos das facas; . Diâmetros de toras relativamente selecionados para não se picar toras de diâmetros muito diferentes; . Idem para a densidade básica da madeira.