Cavaco
A formação do cavaco influencia diversos fatores ligados a usinagem, tais como o desgaste da ferramenta, os esforços de corte, o calor gerado na usinagem, a penetração do fluido de corte, etc. Assim, estão envolvidos com o processo de formação do cavaco aspectos econômicos e de qualidade da peça, segurança do operador, utilização adequada da máquina-ferramenta, etc.
Geração do cavaco
O corte dos metais envolve o cisalhamento concentrado ao longo de um plano chamado plano de cisalhamento (zona primária de cisalhamento). O ângulo entre o plano de cisalhamento e a direção de corte é chamado de ângulo de cisalhamento (e) (Figura 1). Quanto maior a deformação do cavaco sendo formado, menor o ângulo de cisalhamento e maiores os esforços de corte. Essa influência é marcante na usinagem de materiais dúcteis, muito suscetíveis à deformação.
Figura 1 - Esquema da formação do cavaco mostrando o plano de cisalharnento
À parte de trás do cavaco é rugosa devido ao fato de a deformação não ser homogênea, decorrente da presença de pontos de baixa resistência ou de concentração de tensão presente no metal sendo usinado. Um plano de cisalhamento, passando através de um ponto de concentração de tensão, causa deformação a um valor de tensão mais baixo que aquele que deforma um ponto que não está sob esta mesma condição. (concentração de tensão).
Em geral, a formação do cavaco nas condições normais de usinagem com ferramentas de metal duro ou de aço-rápido se processa da seguinte forma:
a) Uma pequena porção do material (ainda solidária à peça) é recalcada (deformações elástica e plástica) contra a superfície de saída da ferramenta;
b) Esta deformação plástica aumenta progressivamente, até que as tensões de cisalhamento se tornem suficientemente grandes, de modo a se iniciar um deslizamento (sem que haja perda de coesão) entre a porção de material recalcada e a peça;
c) Com a penetração da ferramenta, haverá uma ruptura (cisalhamento) parcial ou