Causas de Chernobil na sociedade
O acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de abril de 1986. É considerado o pior acidente nuclear da história, produziu uma nuvem de radioatividade com a liberação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima.
Doenças crônicas associadas à contaminação radioativa estão disseminadas em liquidadores e na população vivendo em territórios contaminados. Entre esses indivíduos polimorbidade é comum, ou seja, as pessoas são muitas vezes afetadas por múltiplas doenças ao mesmo tempo.
Quase 27 anos depois, as cidades ao redor ainda são inabitadas e as pessoas ainda enfrentam as consequências da explosão, dia após dia. Em 2005, 7.000 casos de câncer de tireoide foram registrados na Ucrânia, na Bielorrússia e na Rússia. Logo após a catástrofe a expectativa média de vida diminuiu visivelmente enquanto morbidade e mortalidade aumentaram em crianças e idosos na União Soviética.
A vida selvagem na zona altamente contaminada de Chernobil, por vezes, parece florescer, mas a aparência é enganadora. De acordo com testes morfogenéticos, citogenéticos e imunológicos, todas as populações de plantas, peixes, anfíbios e mamíferos que foram estudados estão em condições precárias. Esta zona é análoga a um "buraco negro" – algumas espécies só perseveram ali através de migração de áreas não contaminadas. A zona de Chernobil é a "caldeira" microevolutiva onde os genes dos seres vivos estão se transformando, com consequências imprevisíveis.