Causas da pobreza

Muitos estudiosos acreditam que a pobreza se tornou evidente ao mundo com o surgimento do capitalismo. Exemplo disso é a preocupação científica com a pobreza que se iniciou no século XIX, como decorrência da Revolução Industrial. Antes disso, a pobreza era vista como uma situação natural da maior parte da humanidade, e tentativas de amenização, por obras de caridade, eram guiadas por princípios unicamente morais sobre a causa da pobreza de cada indivíduo. Assim, deveria-se priorizar a ajuda para os pobres dignos, incapacitados para o trabalho, e não para os indignos, vistos como vagabundos. Essa visão influenciou inclusive as primeiras teorias científicas sobre a pobreza no início do século XIX, como a de Malthus. Este definiu a pobreza como parte inseparável das leis gerais da natureza. Malthus (1983, p.283) afirmava “que a população, quando não controlada, cresce numa progressão geométrica, e os meios de subsistência numa progressão aritmética”. No Brasil, por outro lado, o pensamento social nacional só foi surgir no final do século XIX, com a criação das primeiras universidades no país. Em relação à pobreza, as teorias mais aceitas por aqui sempre tiveram um enfoque estruturalista sobre suas causas como exemplos as teorias racista, positivista, corporativista e marxista. Por isso, o país sempre tentou combater a sua pobreza mediante políticas universais de acesso a bens e serviços públicos. A pobreza não resulta de uma única causa, mas de um conjunto de fatores:
• Insegurança: guerra, genocídio, crime.
• Fatores político-legais: corrupção, inexistência ou mau funcionamento de um sistema democrático, fraca igualdade de oportunidades.
• Fatores econômicos: sistema fiscal inadequado, representando um peso excessivo sobre a economia ou sendo socialmente injusto; a própria pobreza, que prejudica o investimento e o desenvolvimento, economia dependente de um único produto.
• Fatores sócio-culturais: reduzida instrução, discriminação social relativa ao