Catástrofes 2011
As fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro em Janeiro de 2011 fizeram com que as enchentes nas cidades de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo configurassem o maior desastre natural em quase meio século no país.
O drama que assolou a Região Serrana do Rio de Janeiro está entre os dez piores deslizamentos do mundo nos últimos 111 anos. O número de vítimas do desastre ultrapassou o de uma tragédia na China que até então ocupava a décima posição no ranking da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, o deslizamento já é o segundo maior do mundo no último ano e o terceiro maior da década.
Os dados fazem parte do banco de estatísticas do Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres. A entidade com sede na Bélgica fornece os números oficiais da ONU para avaliar respostas a desastres naturais pelo mundo. Para especialistas, problemas semelhantes ao do Rio já vêm sendo registrados no Brasil há anos e as explicações estão na falta de vontade política e de investimentos.
Apesar da grande quantidade de água que desceu morro abaixo no Rio, especialistas brasileiros e a própria ONU classificam o fenômeno natural como deslizamento, e não enchente – que tecnicamente ocorre quando o nível de água de um rio sobe além do normal e destrói casas construídas nas margens. Isso também ocorreu, mas grande parte da destruição e das mortes foi causada pelos deslizamentos.
Número de mortos na Região Serrana passou de 900 e ainda restaram 405 pessoas desaparecidas, segundo o Ministério Público
De acordo com as autoridades, Nova Friburgo detém o maior número de mortos, com 426. Em seguida está Teresópolis, onde 379 pessoas morreram. Petrópolis conta 71 mortos e Sumidouro, 21. Outras quatro pessoas morreram em São José do Vale do Rio Preto e uma em Bom Jardim.
O número de pessoas que perderam suas casas por causa da tragédia é de cerca de 35.000, segundo levantamentos das prefeituras.