Do tupi, catira, conhecido em outras regiões como cateretê, é uma dança do folclore brasileiro, típica do interior do Brasil, principalmente na área de influência da cultura caipira (São Paulo, norte do Paraná, Minas Gerais, Goiás e partes do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). Tem raízes híbridas das culturas indígenas, africanas, portuguesas e espanholas, introduzidas pelos jesuítas e bastante difundidas nos séculos XVII e XVIII, no ciclo do tropeirismo. O estilo é preservado nas regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil. Sua coreografia é executada na maioria das vezes por homens, mas é também praticada por mulheres, podendo ser formada por seis a dez componentes e mais uma dupla de violeiros, que tocam e cantam a moda. A dança também se alterna entre coreografias uniformes e individuais dos catireiros. É quase sempre fixa, havendo poucas variações de uma região para outra. Seu ritmo é marcado pela batida dos pés e mãos dos dançarinos, uma espécie de sapateado brasileiro. Os homens usam trajes comuns de passeio: sapatos, calças, paletós, camisa e gravata. Quando composto também de mulheres, estas usam igualmente indumentária comum. As vestes tradicionais incluem chapéu, lenço, camisa, calça com cinta e um bom par de botas. As letras variam entre temáticas de histórias caipiras, brincadeiras, causos com uma moral cabocla. É uma das danças mais genuinamente brasileira.