Catarata
Em núcleos mais densos, procuramos seguir a seqüência habitualmente empregada em relação à facoemulsificação endocapsular:
1- CAPSULORHEXIS - consiste de uma capsulotomia anterior circular contínua. Embora possa ser feita apenas com uma agulha de ponta virada, preferimos iniciá-la fazendo um retalho no centro da cápsula anterior e complementá-la utilizando uma pinça de capsulorhexis do tipo Utratta, tendo a câmara anterior totalmente preenchida com viscoelástico. È importante notar que, quanto maior o peso molecular do viscoelástico usado, mais fácil se torna a execução da capsulorhexis, uma vez que isso proporciona um melhor controle desse tempo cirúrgico e diminui as chances de o retalho de cápsula anterior correr em direção à zônula.
2 - HIDRODISSECÇÃO - é realizada através da injeção de solução de irrigação (B.S.S.) entre a cápsula anterior e o núcleo. Essa etapa tem por finalidade permitir que o núcleo se torne móvel dentro do saco capsular, o que é de extrema importância no sentido de facilitar a emulsificação do mesmo. Se, ao realizar a hidrodissecção, o, cirurgião toma o cuidado de elevar levemente a cápsula anterior com a canula antes de injetar B.S.S., conforme foi descrito por Fine, na maioria das vezes ele fará com que o plano de clivagem criado promova um descolamento de todas as massas corticais, o que facilitará muito sua aspiração posterior.
3 - HIDRODELINEAÇAO - é realizada através da injeção de B.S.S. dentro do núcleo, o que permite a criação de uma zona nuclear interna, de maior densidade, e de uma zona nuclear externa, de menor densidade. É interessante notar que, nos núcleos mais densos, não se consegue a formação do "anel dourado" em torno da zona nuclear interna, como acontece no caso de núcleos menos densos.
4- EMULSIFICAÇÃO - no casos de núcleos mais densos, consideramos mandatória a execução de uma técnica que permita o quebra do núcleo. Sabemos que, desde que a capsulorhexis foi descrita