Catadores de diguinidade
DISCENTE: RONEI TELES
DOCENTE: ANDREA LAGO
DISCIPLINA: PPP2
TURMA: PEDAGOGIA 2014.2
DATA: 17/10/2014
“Qualquer trabalho de pesquisa coloca tensões que nem a experiência anterior com este tipo de atividade nem a familiaridade com a leitura sobre metodologia e estudos produzidos por outros pesquisadores eliminam. Essas tensões nos mobilizam do ponto de vista profissional e pessoal. Neste capitulo exponho algumas que enfrentarei ao iniciar uma pesquisa com catadoras de um lixão.” (P.265).
“Iniciei a pesquisa ao final de 1999, buscando analisar dimensões de escolarização em um grupo de catadoras de um lixão do Rio de Janeiro. Meu interesse por elas nasceu do documentário “Bocado lixo”, do cineasta Eduardo Coutinho”(p.266).
“Meu olhar sobre o grupo se balizou por meus interesses acadêmicos no grupo da sociologia da educação – relações entre escolarização e famílias de camada populares. Gostaria de entender o sentido que a escola assume ou pode assumir para eles. A decisão por entrevistar apenas mulheres explica-se. São elas, em geral, que acompanha a escolarização dos mais jovens” (p.266).
“Na pesquisa aqui tratada, sintomas dessa assimetria se manifestaram, logo de inicio, numa questão aparentemente simples: como entrar em contato com elas?. O mundo das catadoras é muito distante do meu. Nunca tinha ido a um lixão. Não sabia como funcionava, não conhecia as regras de entrada, e havia pouca literatura disponível sobre o tema” (p.266).
“Programei uma primeira entrevista, no espaço dessa creche, com uma ex-catadora que trabalhava lá, onde seu filho estava matriculado. Ela não compareceu ao nosso encontro. Minha proposta de dá uma retribuição monetária pela entrevista surtiu efeito contrario, segundo interpretação da direitora. Minha intenção, ao propor “pagamento” de 20 reais por entrevista, estava pautada em uma questão de ordem e ética, já que a pesquisa fazia parte de minhas atividades de trabalho e justificava meu