Castração química
Transcreve o jornal do senado:
Na Itália, na França, na Inglaterra, na Polônia, na República Tcheca e em mais de dez estados norte-americanos já existem leis que permitem a castração, em vias de ser implementada na Espanha. A França pune com maior rigor os delinquentes sexuais.
Um condenado por pedofilia pode pegar de três a 15 anos de prisão. Pela lei, a castração química é voluntária para o pedófilo com risco de reincidência elevado. Resta ao preso optar entre a castração química depois de cumprida a pena ou a internação para tratamento intensivo por psicólogos. O presidente Nicolas Sarkozy pretende construir hospitais para esses criminosos e defende a castração obrigatória, à base de injeções, para os reincidentes.
Na Noruega, Dinamarca e Alemanha, os pedófilos maiores de 25 anos podem realizar voluntariamente a castração química sem o benefício de redução da pena. Mas a lei alemã caiu no ano passado.
A discussão a respeito da castração química ultrapassa o âmbito jurídico, gerando controvérsias também para os médicos que defendem seus pontos de vista sob ângulos diferentes.
Conforme coloca Lucia Jardim em nota publicada:
Para Serge Stoléru, pesquisador do Instituto Nacional da Saúde e Pesquisa Médica (Inserm), em Paris, a imposição do medicamento não impede a reincidência do crime de pedofilia. "O tratamento, quando mal aceito, pode ser contornado facilmente e, logo, não servir para nada", afirma. "É preciso associar o medicamento a um acompanhamento psicológico, para que o doente se sinta estimulado a continuar a se tratar por conta própria. Os pedófilos não escolheram ter essa orientação sexual e nós, médicos, não podemos mudar isso. Mas podemos controlar esses impulsos."
A opinião de Bernard Cordier, psiquiatra especialista em tratamentos