Castas indianas
De
Sociologia
Colégio Estadual de Barra de são João
Aluno: Ana Letícia Alves
Professor: Rafael
Turma: 2002
Desenvolvimento:
O sistema de castas na Índia, apesar de ser condenado pela Constituição de 1950, é tão antigo e tradicional, que a força da prática adotada ao longo de séculos permite que esta cultura permaneça mais viva do que nunca, embora hoje ela prevaleça mais nas áreas rurais.
Esta estratificação social não se baseia simplesmente em recursos financeiros, na fortuna, mas sim em fatores de ordem religiosa e na transmissão hereditária do legado de cada casta. Esta formação social hindu teve início com a chegada dos árias – povos de origem indo-européia, portadores de pele clara -, nas terras hoje pertencentes à Índia. Historicamente as castas são citadas pela primeira vez no livro conhecido como Manu, considerado sagrado pelo Hinduísmo, produzido entre 600 e 250 a.C.
A primeira divisão de que se tem notícia ocorreu entre os árias, denominados ‘varnas’, de um lado, e os dasya, antigos habitantes desta região, transformados em escravos ou dasas, distintos dos imigrantes por sua epiderme escura. Tem início então o sistema de castas, vigente há pelo menos 2600 anos no subcontinente indiano. A casta é um grau social transmitido como herança, assim a situação social em que cada pessoa se encontra é legada dos genitores para seus filhos, os quais só podem contrair matrimônio com seres pertencentes ao seu próprio círculo. Embora predominante no hinduísmo, este mecanismo social está também presente entre os muçulmanos e até mesmo na esfera do Cristianismo, no território indiano.
A partir deste momento os árias ou ‘varnas’ foram hierarquizados conforme cada elemento do corpo de Brahma, o Deus Maior do hinduísmo. A boca desta divindade constitui os brahmin, uma elite composta por apenas 15% da população, os quais compõem os sacerdotes, professores e filósofos. Somente eles podem estruturar as cerimônias religiosas e