Casos Sindrome Do Estocolmo
Recentemente pudemos tomar conhecimento de mais um caso em que uma sequestrada desenvolveu a síndrome de Estocolmo. Em agosto de 2006, veio a mídia a história de Natascha Kampusch, seqüestrada em 1998, quando aos 10 anos a caminho da escola foi seqüestrada pelo engenheiro de telecomunicações desempregado Wolfgang Priklopil , e que viveu durante 8 anos fechada em um local subterrâneo com menos de 6 metros quadrados, que havia sido construído abaixo da garagem de seu raptor.
Natascha teve as piores condições de vida nesses 8 anos em que ficou presa. Nos primeiros seis meses de cativeiro, Natascha não tinha permissão de sair da cela em nenhum momento, não podia tomar banho, não podia olhar nem falar com Přiklopil sem autorização e por vários anos não podia deixar o pequeno espaço à noite. No primeiro ano, era obrigada a chamar seu captor de mestre.
Com um ano e meio de cativeiro, ele decidiu que Natascha não podia mais usar seu nome e que a partir da quele momento ela pertencia a ele; assim ela foi obrigada a escolher outro nome, e passou a chamar-se Bibiane, que seria sua identidade pelos próximos sete anos. Pouco tempo depois, ele lhe disse seu verdadeiro nome, e com isso Natascha teve a certeza de que seu raptor nunca a deixaria sair dali viva.
Submetida a anos de abuso físico e mental, Natascha muitas vezes dormia algemada a Wolfgang na cama dele, era obrigada a raspar a cabeça para que os fios não ficassem pela casa, passou períodos de fome, chegou a apanhar mais de 200 vezes numa semana até ouvir sua própria espinha estalar, era obrigada a limpar a casa quase nua e tentou várias vezes o suicídio para acabar com a própria vida.
Aos 16 anos, em vários períodos Priklopil reduziu sua ração diária a ¼ do necessário a alguém da idade dela. Em uma oportunidade, quando ela demorou a cumprir uma de suas ordens, ele lhe atirou uma faca, que perfurou seu joelho.
Anos depois, Natascha podia passar grande parte do dia na parte de cima da casa, mas