Casos reais maximização de lucros
Já mostramos em artigos anteriores que os indicadores de desempenho das empresas não devem ficar restritos apenas aos dados financeiros. Neste artigo, vamos mostrar o que aconteceu com três empresas bastante conhecidas na busca de melhor competitividade. O leitor deve ficar atento, pois pretendo mostrar que o aumento dos lucros operacionais nem sempre implica em maior competitividade. O primeiro caso ocorreu em uma fábrica de barras de granola da Quaker Company e ilustra bem a criação de valor. Antes a indústria utilizava longas corridas de produção para produzir os vários tamanhos de barras visando minimizar o tempo parado e custos de início de produção. As longas corridas minimizavam os custos unitários e reforçavam o lucro operacional da unidade, mas também resultavam em enormes estoques de barras que ficavam armazenadas até que gradualmente eram despachadas para clientes. Quando a empresa passou a cobrar pelo custo do capital investido nas unidades, a fábrica passou a adotar corridas de produção curtas a fim de eliminar a maior parte dos estoques. O lucro operacional reduziu devido aos reinícios mais freqüentes, mas o lucro em relação ao capital investido aumentou, por causa da redução dos estoques. É importante salientar que estoques menores foram apenas uma parte dos benefícios. Porque as barras de granola saíam da fábrica mais rapidamente do que antes, chegavam mais frescas à loja e a satisfação dos clientes aumentou. Este é, sem dúvida, um excelente exemplo de criação de valor em uma empresa.
O segundo caso ocorreu com a Coca Cola Company, que descobriu uma compensação semelhante entre custos operacionais e de capital. A Coke despachava o seu xarope de refrigerante a engarrafadoras em vasilhames de aço inoxidável, que podiam ser reutilizados várias vezes. Mas a partir do momento em que a Coke passou a considerar o custo de capital na criação de valor mudou para vasilhames de papelão que utilizava uma vez e